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Orientações

Uso dos dispositivos adjuvantes para estomias

Resina sintética em pó para estomias

A resina sintética em pó (Figura 1) é composta por carboximetilcelulose sódica, gelatina e pectina. É indicada para os casos de maceração da pele periestomia e dermatite de contato. (BURCH, 2014b; CESARETTI et al., 2015; PELLEGRINO, 2014).

Figura 1: Resina sintética em pó

A resina sintética em pó deve ser utilizada apenas em lesões de pele periestomia com umidade.  Após a aplicação, essa umidade é absorvida, aumentando o tempo de adesividade da base e tratando a pele lesada pelos efluentes. (HAHIMOTO; RODRIGUES, 2012; SCHREIBER, 2016). 

Lesão por umidade

Fonte: Arquivo pessoal do autor (2015).

Lesão por umidade com resina sintética em pó

Fonte: Arquivo pessoal do autor (2015).

Orientação para aplicação da resina sintética em pó para estomias

1

3

Limpar e secar a área de aplicação na pele periestomia.

2

Espalhar o produto pela área lesada com auxílio de uma gaze.

Remover o excesso da resina em pó e aplicar o dispositivo coletor como de costume.

Resina sintética em pasta com ou sem álcool

A resina sintética em pasta com ou sem álcool, composta por polímeros hidrofílicos, como carboximetilcelulose sódica, gelatina, pectina. É indicada para preencher irregularidades da região periestomia criando um selamento entre o estoma e a base adesiva. Dessa forma, previne a infiltração dos efluentes, diminuindo o risco de lesão nessa área, ajudando também na fixação da base adesiva do dispositivo coletor. (CESARETTI et al., 2015; HAHIMOTO; RODRIGUES, 2012; PELLEGRINO, 2014). 

Resina sintética em pasta com álcool
Resina sintética em pasta sem álcool

O abdome de pessoas obesas deve ser avaliado criteriosamente. Na presença de prega cutânea, dobra abdominal ou se o entorno da pele for irregular, indica-se aplicar a resina sintética em pasta, a fim de promover seu nivelamento. (BORGES; RIBEIRO, 2015). 

Para a resina sintética em pasta com ou sem álcool, orienta-se seguir os passos descritos abaixo.

Orientação para uso da resina sintética em pasta

1

3

%ALC

A resina em pasta poderá ser aplicada diretamente do tubo.

2

Com auxílio de uma espatula ou com os dedos umedecidos espalhe suavemente nivelando a pele.

Se a resina utilizada for sem álcool o coletor poderá ser aplicado imediatamente, se houver ácool, é necessário aguardar um ou dois minutos para o álcool evaporar para aplicar.

Resina sintética em pó para estomias
Figura 36

Atualmente, existem vários modelos de bolsas de estomia e adjuvantes, o que gera mais possibilidades de escolha do equipamento adequado a cada usuário estomizado. (BURCH, 2014b).

O enfermeiro tem a responsabilidade de elaborar o planejamento assistencial, integral e individualizado, para a escolha do material a ser utilizado, considerando as necessidades de cada pessoa. Além disso, deve-se envolver a família e o cuidador na prevenção de complicações, objetivando a adaptação aos dispositivos coletores e adjuvantes. (BURCH, 2014b; CARVALHO; CARDOSO, 2011).

Os adjuvantes para estomia contam com várias combinações de polímeros que se comportam de formas diferentes quando aplicados à pele periestomia. Desse modo, atendem às características específicas de cada usuário. Para obter resultado satisfatório, é preciso conhecer o produto a ser utilizado, incluindo sua composição e suas características, devendo ser utilizados em combinação com o dispositivo coletor. (NEIL et al., 2016).

Quando usados adequadamente, os adjuvantes para estomia previnem complicações periestomia subsequentes. Seu uso justifica-se, principalmente, por: melhorar a adesão da placa adesiva; promover a formação de barreira protetora; gerar economia proporcionada pelo aumento da durabilidade do dispositivo. (BURCH, 2014b; NEIL et al., 2016).

Atualmente, os adjuvantes disponíveis no mercado são diversos. Dentre eles, destacam-se: tiras moldáveis de hidrocoloide; resina sintética em pó; filtro de carvão; cinto elástico, clamp para fechamento da bolsa; placas protetoras; protetor cutâneo em spray; resina sintética em pastas com e sem álcool; higienizador de pele; creme barreira; e solução lubrificante neutralizadora de odor. (CESARETTI et al., 2015; HAHIMOTO; RODRIGUES, 2012).

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