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Orientações

Complicações nas estomias e região da pele peristomia

Complicações nas estomias e região da pele peristomia

Complicações

Fístula digestiva

A fístula é um trajeto anormal entre estruturas epitelizadas. Classifica-se em interna - quando a comunicação 

ocorre entre duas ou mais vísceras - ou externa - entre vísceras e pele.

São ocasionadas por inúmeros fatores, sendo a mais frequente das complicações da técnica cirúrgica. (LEITE; CESARETTI, 2015).

Na fístula digestiva, a identificação do local do trajeto anormal baseia-se na avaliação do aspecto do efluente (volume, cor, odor, consistência e composição). O que também possibilita avaliar o risco de desenvolvimento de lesões na pele. Se o efluente for líquido, de cor verde ou amarela clara, suspeita-se que a fístula se origine na porção alta do trato (estômago, duodeno e íleo); se a consistência for pastosa, de odor forte, é provável que a fístula tenha origem no cólon. Ambas necessitam de cuidados de proteção de pele. (LEITE; CESARETTI, 2015).

O cuidado de enfermagem nas estomias com fístula digestiva envolve proteção da área lesada com os mesmos produtos destinados aos cuidados com estomias. Tais produtos compreendem os adjuvantes e a bolsa coletora específica para cuidados com fístula. (LEITE; CESARETTI, 2015).

A adaptação de bolsa coletora para conter os efluentes das fístulas e proteger a pele é um desafio para o enfermeiro. As orientações para aplicação do sistema para fístula são abordadas em Sistema para fístulas

Fístula digestiva

Fonte: Arquivo pessoal do autor (2013).

Sistema para fístulas

Cuidados com fistula entérica

Fonte: Arquivo pessoal da Enfermeira ET Michele Grewsmuhl (2016).

Fístula digestiva
fístula IMAGEM
bolsa coletora

Apesar de a confecção da estomia ser considerada um procedimento cirúrgico simples, as complicações que surgem geralmente podem ser evitadas com uma adequada demarcação prévia do local e com técnica cirúrgica apropriada. O planejamento de cuidados específicos no período perioperatório dessas cirurgias são importantes, uma vez que interferem no processo de reabilitação do paciente. (PAULA; CESARETTI, 2014a; SCHMIDT; HANATE, 2015). 

A orientação das pessoas com estomia e de seus cuidadores é de responsabilidade da enfermagem e pode influenciar diretamente as ações de cuidado e autocuidado. Desse modo, a assistência de enfermagem especializada tem contribuído para a redução das complicações na pele periestomia. (SCHREIBER, 2016).

Nesse contexto, é importante destacar a orientação em relação à dieta, à promoção da ingesta hídrica e à identificação de sinais e sintomas que indicam obstrução intestinal, tais como náuseas, vômitos e distensão abdominal. (KAYO et al., 2015). 

Algumas complicações são imediatas, surgem nas primeiras 24 horas do pós-operatório, por exemplo: necrose de alça, hemorragia e edema. Outras são classificadas como precoces, ocorrendo entre o primeiro e o sétimo dia do pós-operatório, dentre as quais se destacam: o descolamento mucocutâneo, a fístula e a retração da estomia. As complicações tardias, por sua vez, se manifestam após a alta hospitalar ou até meses depois da cirurgia, por exemplo: hérnias paraestomais, prolapso de alça, retração da estomia, estenose, lesões pseudoverrucosas e dermatite periestomia. (PAULA; CESARETTI, 2014b; PAULA; MATOS, 2015).

Além disso, algumas complicações são específicas das ileostomias, tais como: déficit de nutrientes (vitamina B12, magnésio e potássio), diarreia e dermatite. (KAYO et al., 2015). A seguir são descritas as complicações imediatas, mediatas e tardias.

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