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Orientações

Complicações nas estomias e região da pele peristomia

Complicações

Sangramento ou hemorragia

O sangramento surge com maior frequência no pós-operatório imediato e pode ser necessária a revisão cirúrgica da estomia nesses casos. O sangramento está associado a vários fatores, dentre os quais se destacam:

hemostasia inadequada dos vasos sanguíneos; doenças inflamatórias intestinais; neoplasias; hipertensão portal; uso de antiagregantes plaquetários ou quimioterápicos; trauma relacionado ao equipamento coletor; prática de esportes agressivos e acidentes automobilísticos. (PAULA; CESARETTI, 2014b; PAULA; MATOS, 2015).

O paciente deve ser tranquilizado se houver sangramento leve no local da estomia, pois geralmente é breve e em pequena quantidade. (SCHREIBER, 2016). Se for esse o caso, pode ser interrompido com um curto período de pressão direta sobre o local.  (BURCH, 2014b).

Sangramento na estomia

Fonte: Arquivo pessoal do autor (2013).

sangramento ou hemorragia
sangramento

Apesar de a confecção da estomia ser considerada um procedimento cirúrgico simples, as complicações que surgem geralmente podem ser evitadas com uma adequada demarcação prévia do local e com técnica cirúrgica apropriada. O planejamento de cuidados específicos no período perioperatório dessas cirurgias são importantes, uma vez que interferem no processo de reabilitação do paciente. (PAULA; CESARETTI, 2014a; SCHMIDT; HANATE, 2015). 

A orientação das pessoas com estomia e de seus cuidadores é de responsabilidade da enfermagem e pode influenciar diretamente as ações de cuidado e autocuidado. Desse modo, a assistência de enfermagem especializada tem contribuído para a redução das complicações na pele periestomia. (SCHREIBER, 2016).

Nesse contexto, é importante destacar a orientação em relação à dieta, à promoção da ingesta hídrica e à identificação de sinais e sintomas que indicam obstrução intestinal, tais como náuseas, vômitos e distensão abdominal. (KAYO et al., 2015). 

Algumas complicações são imediatas, surgem nas primeiras 24 horas do pós-operatório, por exemplo: necrose de alça, hemorragia e edema. Outras são classificadas como precoces, ocorrendo entre o primeiro e o sétimo dia do pós-operatório, dentre as quais se destacam: o descolamento mucocutâneo, a fístula e a retração da estomia. As complicações tardias, por sua vez, se manifestam após a alta hospitalar ou até meses depois da cirurgia, por exemplo: hérnias paraestomais, prolapso de alça, retração da estomia, estenose, lesões pseudoverrucosas e dermatite periestomia. (PAULA; CESARETTI, 2014b; PAULA; MATOS, 2015).

Além disso, algumas complicações são específicas das ileostomias, tais como: déficit de nutrientes (vitamina B12, magnésio e potássio), diarreia e dermatite. (KAYO et al., 2015). A seguir são descritas as complicações imediatas, mediatas e tardias.

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