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Orientações

Complicações nas estomias e região da pele peristomia

Complicações

Retração da estomia

A estomia com retração fiica abaixo do nível da pele, de modo que pode ocorrer retração total ou parcial da alça intestinal para a cavidade abdominal. (REITH et al., 2013). Denomina-se intermitente quando a retração estiver

relacionada à posição do paciente. Como por exemplo, nas situações que ele fica sentado.. (BORGES; RIBEIRO, 2015; HOEFLOK et al., 2017).

A retração é mais frequente nas estomias terminais, podendo ocorrer tanto no pós-operatório imediato quanto no tardio. Os principais fatores de risco são: distensão da parede do abdome, remoção precoce do suporte de alça de sustentação, técnica falha de construção cirúrgica, necrose, separação mucocutânea e ganho de peso excessivo no período pós-cirúrgico. (PAULA; CESARETTI, 2014b; PAULA; MATOS, 2015). 

A retração é uma complicação que interfere no cuidado da estomia e da pele periestomia, causando diversas intercorrências; dentre as quais se destacam a dificuldade de aderência do equipamento coletor e a ocorrência de vazamento de efluente intestinal ou urinário. Além disso, normalmente, está associada a outras complicações, como a dermatite periestomia e a estenose. (PAULA; CESARETTI, 2014b; PAULA; MATOS, 2015). O equipamento coletor de placa convexa é indicado para o manejo da retração, pois promove a projeção da estomia para dentro da bolsa. (BURCH, 2014b; HOEFLOK; PURNELLl, 2017).

Retração da estomia

Fonte: Arquivo pessoal do autor (2015).

Equipamento com placa convexa
retraçao da estomia
figura 1
equipamento com placa

Apesar de a confecção da estomia ser considerada um procedimento cirúrgico simples, as complicações que surgem geralmente podem ser evitadas com uma adequada demarcação prévia do local e com técnica cirúrgica apropriada. O planejamento de cuidados específicos no período perioperatório dessas cirurgias são importantes, uma vez que interferem no processo de reabilitação do paciente. (PAULA; CESARETTI, 2014a; SCHMIDT; HANATE, 2015). 

A orientação das pessoas com estomia e de seus cuidadores é de responsabilidade da enfermagem e pode influenciar diretamente as ações de cuidado e autocuidado. Desse modo, a assistência de enfermagem especializada tem contribuído para a redução das complicações na pele periestomia. (SCHREIBER, 2016).

Nesse contexto, é importante destacar a orientação em relação à dieta, à promoção da ingesta hídrica e à identificação de sinais e sintomas que indicam obstrução intestinal, tais como náuseas, vômitos e distensão abdominal. (KAYO et al., 2015). 

Algumas complicações são imediatas, surgem nas primeiras 24 horas do pós-operatório, por exemplo: necrose de alça, hemorragia e edema. Outras são classificadas como precoces, ocorrendo entre o primeiro e o sétimo dia do pós-operatório, dentre as quais se destacam: o descolamento mucocutâneo, a fístula e a retração da estomia. As complicações tardias, por sua vez, se manifestam após a alta hospitalar ou até meses depois da cirurgia, por exemplo: hérnias paraestomais, prolapso de alça, retração da estomia, estenose, lesões pseudoverrucosas e dermatite periestomia. (PAULA; CESARETTI, 2014b; PAULA; MATOS, 2015).

Além disso, algumas complicações são específicas das ileostomias, tais como: déficit de nutrientes (vitamina B12, magnésio e potássio), diarreia e dermatite. (KAYO et al., 2015). A seguir são descritas as complicações imediatas, mediatas e tardias.

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