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Orientações

Complicações nas estomias e região da pele peristomia

Complicações

Granuloma

O granuloma é um tecido de granulação hipertrófico reativo, caracterizado por lesão protrusa, vermelha e úmida. Pode ser causado por resposta imunológica ao material de sutura retido na junção mucocutânea. (STEINHAGEN; COLWELL; CANNON, 2017).

Para o tratamento do granuloma, indica-se nitrato de prata tópico, duas ou três vezes por semana, até a regressão. A remoção de sutura cirúrgica também se faz necessária após o período de maturação da estomia. Nesse contexto, é fundamental o diagnóstico diferencial de tecido neoplásico. (BURCH, 2014b; STEINHAGEN; COLWELL; CANNON, 2017).

Granulomas

Fonte: Arquivo pessoal do autor (2017).

Fonte: Arquivo pessoal da Enfermeira ET Sandra Marina da Silva Rosado Furtado (2015).

granuloma
figura 1

Apesar de a confecção da estomia ser considerada um procedimento cirúrgico simples, as complicações que surgem geralmente podem ser evitadas com uma adequada demarcação prévia do local e com técnica cirúrgica apropriada. O planejamento de cuidados específicos no período perioperatório dessas cirurgias são importantes, uma vez que interferem no processo de reabilitação do paciente. (PAULA; CESARETTI, 2014a; SCHMIDT; HANATE, 2015). 

A orientação das pessoas com estomia e de seus cuidadores é de responsabilidade da enfermagem e pode influenciar diretamente as ações de cuidado e autocuidado. Desse modo, a assistência de enfermagem especializada tem contribuído para a redução das complicações na pele periestomia. (SCHREIBER, 2016).

Nesse contexto, é importante destacar a orientação em relação à dieta, à promoção da ingesta hídrica e à identificação de sinais e sintomas que indicam obstrução intestinal, tais como náuseas, vômitos e distensão abdominal. (KAYO et al., 2015). 

Algumas complicações são imediatas, surgem nas primeiras 24 horas do pós-operatório, por exemplo: necrose de alça, hemorragia e edema. Outras são classificadas como precoces, ocorrendo entre o primeiro e o sétimo dia do pós-operatório, dentre as quais se destacam: o descolamento mucocutâneo, a fístula e a retração da estomia. As complicações tardias, por sua vez, se manifestam após a alta hospitalar ou até meses depois da cirurgia, por exemplo: hérnias paraestomais, prolapso de alça, retração da estomia, estenose, lesões pseudoverrucosas e dermatite periestomia. (PAULA; CESARETTI, 2014b; PAULA; MATOS, 2015).

Além disso, algumas complicações são específicas das ileostomias, tais como: déficit de nutrientes (vitamina B12, magnésio e potássio), diarreia e dermatite. (KAYO et al., 2015). A seguir são descritas as complicações imediatas, mediatas e tardias.

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